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Como o Princípio de Pareto pode ser implantado na empresa?

Princípio de Pareto

Peter Drucker, uma das principais referências na administração, certa vez escreveu “não há nada tão inútil quanto fazer com grande eficiência o que simplesmente não deveria ter sido feito”. Bom, é verdade e o Princípio de Pareto pode ajudar a não cometer esse erro.

Antes de explicar o porquê, é útil destacar que tal princípio teve origem com os trabalhos de Vilfredo Pareto, economista italiano. Ele descobriu que cerca de 80% das terras da Itália estavam nas mãos de 20% das pessoas. Anos depois, a mesma distribuição assimétrica foi percebida em várias outras situações, o que passou a ser chamado de Princípio de Pareto.

O assunto é importante e pode mudar a forma como você administra seus recursos. Por isso, nos tópicos seguintes, explicamos o que é e como usar o Princípio de Pareto. Boa leitura!

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O que é e qual a aplicação do Princípio de Pareto?

O Princípio de Pareto (também chamado de 80/20 ou causa-efeito) está em quase toda parte. Resumidamente, ele diz o seguinte: boa parte dos efeitos são provenientes de uma pequena quantidade de causas — em uma proporção de 80% para 20% (ou similar).

Isso tem muitas aplicações aos negócios. É provável que 80% do seu ganho financeiro seja resultado de 20% dos seus produtos. Ou que 80% das suas vendas sejam feitas para 20% dos seus clientes. Sendo assim, sua distribuição causa-efeito é quase sempre irregular.

Claro, você pode tirar vantagem dessa assimetria. Se entende quais causas geram a maior parte dos efeitos (positivos ou negativos), pode trabalhar focado nelas e promover o melhor uso dos recursos. Para tanto, precisará contar com boas tecnologias, como um software de Help Desk, dada a demanda por organizar e analisar grandes volumes de dados.

Assim, na medida em que a empresa entende as causas que efetivamente levam a efeitos superiores, pode trabalhar com mais eficácia e estimular o time em torno do que merece atenção. E mais, pode garantir que as coisas certas sejam feitas, deixando de lado o trivial.

Como aplicar o Princípio de Pareto dentro da sua empresa?

O Princípio de Pareto não é um exercício de intuição ou boa vontade, mas de análise da distribuição dos seus efeitos e suas respectivas causas. Isso significa que será preciso obter, organizar e analisar dados, depois tomar decisões com base nas distribuições assimétricas percebidas. Nos tópicos seguintes, explicamos como fazer isso. Continue sua leitura!

Escolha um efeito que quer estudar

Um primeiro passo é ter clareza sobre o que deseja estudar. Quase tudo o que acontece dentro da empresa é um efeito, isto é, resultado de alguma outra coisa — e, portanto, pode ser estudado. A questão é: o que realmente importa para o seu empreendimento?

A insatisfação e reclamação dos clientes, por exemplo, é um efeito ruim e que merece atenção. Qual a sua causa, então? Outro exemplo é a sobrecarga de estoque: será que 80% da sua capacidade está sendo ocupada por apenas 20% dos materiais?

Para definir o melhor efeito a ser estudado, pense em três coisas: i) isso efetivamente implica no sucesso da minha empresa ou equipe? ii) tenho dados (e tecnologia) suficientes para analisar esse efeito? iii) será que compensa o custo de oportunidade da análise?

Dados, dados, dados e dados

Definido o que quer analisar, uma condição necessária à análise de Pareto é a obtenção de dados referentes aos seus efeitos e respectivas causas. Isso ocorre porque sua intuição não é precisa, sendo insuficiente para tirar qualquer conclusão de distribuição.

A questão é: de onde tirar dados dos efeitos que eu quero estudar? Em geral, de tecnologias gerenciais. Softwares de recrutamento, sistemas de Help Desk e tecnologias de controle do nível de estoque, por exemplo. Tais tecnologias costumam armazenar muitos dados.

Sobre seus dados, é necessário ter atenção a duas coisas: i) os dados devem ser verídicos, revelando o que realmente acontece dentro da empresa; ii) os dados devem ser volumosos e representativos, do contrário, a margem de erro na decisão será muito superior.

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Avalie a distribuição causa-efeito dos seus dados

Imagine, por exemplo, que você quer estudar quais as principais causas de reclamações no seu call center. Você estima que 80% delas vem de apenas 20% de problemas, como a demora no atendimento ou ligações indevidas. Como ter certeza disso, então?

Primeiro, precisará levantar dados da sua tecnologia de Help Desk (dica 2). Depois, deverá avaliar a distribuição desses dados, criando o chamado gráfico de Pareto.

O gráfico de Pareto é, na verdade, um histograma (ou gráfico de barras com dois eixos). No eixo Y1 (esquerdo) tem-se o efeito (número reclamações de clientes) e no eixo Y2 (direito) você tem o percentual acumulado, enquanto as barras do gráfico representam as causas.

Ao relacionar esses três elementos (número de reclamações, respectivas causas e percentual acumulado) vai notar que, geralmente, uma pequena quantidade de causas leva a maior parte dos seus efeitos. É preciso, então, tratá-las com atenção.

Implemente as mudanças necessárias

Veja que você já sabe como definir o efeito a ser estudado, coletar dados e avaliar sua distribuição. É hora de agir. Sem ação, por melhor que seja o seu planejamento e análise, nenhum efeito significativo será obtido. Ao lado do seu time, coloque a mão na massa.

Quais cuidados devem ser tomados com o princípio 80/20?

O Princípio de Pareto é algo realmente útil à administração. Oferece uma visão mais precisa ao gestor e também garante que coisas triviais e não triviais sejam separadas. Porém, é essencial ter alguns cuidados, do contrário você não fará bom uso da ferramenta.

Primeiramente, o Princípio de Pareto não é uma lei (apesar de que muitas vezes é tratado dessa forma). Isso quer dizer que uma distribuição 80/20 (ou próxima disso) nem sempre é percebida. São poucos os casos, mas também existem distribuições uniformes.

Outro ponto importante é nunca pensar que seu feeling (intuição) é suficiente para inferir a distribuição entre suas causas e efeitos. Lembre-se: é preciso de dados. Sem dados verídicos e volumosos, você não vai estar utilizando adequadamente a análise de Pareto.

Enfim, agora você está por dentro do assunto. Lembre-se sempre que a distribuição entre efeitos e causas costuma ser assimétrica, comumente em uma proporção de 80/20. Identifique, então, quais efeitos merecem ser analisados, colete dados e plote-os para sua análise de Pareto. Depois, com a equipe de trabalho, tome decisões e promova melhorias.

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